 
            Sincretismo no Dia de Todos os Santos (1º de novembro): Como os Orixás são celebrados
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Sincretismo no Dia de Todos os Santos (1º de novembro): Como os Orixás são celebrados
No calendário católico, o dia 1º de novembro é dedicado a Todos os Santos. Mas para quem vive a espiritualidade afro-brasileira, essa data carrega ainda mais significados. É um dia em que os Orixás se levantam em silêncio, homenageados por trás dos altares cristãos, reafirmando a força do sincretismo — essa ponte ancestral que salvou saberes, mesmo sob opressão.
O que é o sincretismo?
O sincretismo religioso é o encontro (ou a camuflagem) de tradições espirituais diferentes, que passou a ocorrer fortemente no Brasil durante a escravidão. Os africanos foram proibidos de cultuar seus Orixás, então associaram cada divindade aos santos católicos. Por fora, se rezava a um santo — por dentro, se invocava o Orixá.
Foi assim que Oxóssi virou São Sebastião. Ogum virou São Jorge. Iemanjá virou Nossa Senhora dos Navegantes. E no Dia de Todos os Santos, todos os Orixás são celebrados, juntos, como uma forma de reverência e resistência.
Como celebrar o sincretismo com respeito
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Acenda uma vela branca por todos os Orixás, agradecendo pelos caminhos, pela proteção e pelos ensinamentos. 
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Monte um altar simples com frutas, flores e imagens (ou símbolos) que representem a diversidade espiritual da Umbanda e do Candomblé. 
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Leia ou compartilhe histórias dos Orixás, especialmente com crianças e jovens. Ensinar é preservar. 
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Participe de missas ou giras, se sua casa espiritual assim orientar. O respeito entre caminhos é parte do axé. 
Um dia de reverência coletiva
Na minha comunidade, o 1º de novembro é um dos dias mais bonitos do ano. É quando se entende, sem precisar de muitas palavras, que todas as energias podem coexistir. O que importa não é a roupagem, mas a força. E nesse dia, sentimos todos os Orixás passando juntos, em comunhão, cada um com sua cor, seu elemento, seu toque — mas num só tambor.
É também um dia de memória. Lembramos daqueles que vieram antes, que foram perseguidos por acreditar. Celebramos o povo que dançou escondido, que rezou dobrado, que fez do silêncio uma reza. E por isso, hoje, podemos falar em voz alta: sou do axé com orgulho e amor.
Se quiser trazer essa força para seu dia a dia, conheça nossas joias dedicadas a múltiplos Orixás — símbolos do sincretismo e da beleza ancestral viva.
Siga @joiasdoaxérj ou ou nosso site (JOIAS do AXÉ – Joias do Axé) para mais conteúdos sobre fé, cultura e espiritualidade afro-brasileira com respeito e emoção.
Saravá a todos os Orixás! Que nos guiem, nos protejam e nos ensinem a viver com verdade.
