 
            Como vivenciar o Dia de Xangô (30 de setembro) em conexão com a justiça
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Como vivenciar o Dia de Xangô (30 de setembro) em conexão com a justiça
No dia 30 de setembro, o céu parece pesar diferente. É como se as pedras se tornassem espelhos e o trovão ecoasse dentro da gente. É Dia de Xangô, Orixá da justiça, da palavra certa, do equilíbrio entre o certo e o errado. E para quem cultua ou respeita a espiritualidade afro-brasileira, essa é uma data de reflexão profunda — e, acima de tudo, de postura.
Quem é Xangô?
Xangô é rei. É aquele que julga com sabedoria, que valoriza o merecimento, que não tolera mentira nem covardia. É o senhor do fogo e das pedreiras, o dono dos trovões e dos raios que iluminam verdades escondidas.
Nas giras, sua presença é firme, imponente, mas também calorosa. Não há dúvida quando ele chega: sentimos o corpo aquecer e o coração se alinhar com um senso mais alto de ética e verdade.
O que representa o 30 de setembro?
A data remete à celebração popular de São Jerônimo no sincretismo, mas dentro da espiritualidade afro-brasileira, é dia de clamar por justiça espiritual e material. Não é um momento para apontar dedos, mas para avaliar onde falhamos com a nossa verdade — e o que podemos fazer para retomar o equilíbrio.
Como celebrar Xangô com fé e consciência
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Acenda uma vela marrom, branca ou vermelha, pedindo justiça, proteção contra calúnias e sabedoria para agir com integridade. 
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Ofereça amalá de Xangô (caruru, quiabo com dendê), se souber preparar com respeito — ou leve um prato simbólico a uma pedreira ou local de força. 
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Use roupas em tons de marrom, vermelho ou branco, com contas ou acessórios de Xangô, como o machado duplo (oxé). 
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Faça um ato de justiça pessoal: perdoe, peça desculpas ou repare algo que você sabe que precisa de correção. Xangô valoriza a ação justa, mais que a palavra vazia. 
Um rei dentro de nós
Celebrar Xangô é também um lembrete de que todos carregamos o potencial de agir com honra. Na minha casa, o 30 de setembro é dia de silêncio, de consulta ao jogo, de consagração com fogo e orações profundas. Mas também é dia de ação: ajudamos quem precisa, orientamos os mais novos, e olhamos para nossos erros com coragem.
Xangô não castiga por vaidade. Ele pune a injustiça e protege os que se mantêm firmes, mesmo quando é difícil.
Se quiser sentir essa força no corpo e no espírito, conheça nossas joias de Xangô — com pedras de fogo, machados simbólicos e elementos que carregam o axé da verdade.
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Kaô Kabecilê, meu Pai Xangô! Que sua justiça seja luz, não medo. Que sua força nos faça andar retos, e nunca sozinhos. ⚡🪓🔥
